terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Observatório de raios gama da NASA está de volta às operações após falha técnica

Observatório Neil Gehrels Swift. (Crédito da imagem: NASA)
Observatório Neil Gehrels Swift. (Crédito da imagem: NASA)

O Observatório Neil Gehrels Swift da NASA está de volta às operações científicas desde quinta-feira (17/02), após uma falha há mais de um mês.

O telescópio de quase 18 anos sofreu uma falha com uma de suas rodas de reação em 18 de janeiro, forçando uma entrada temporária ao modo de segurança. Swift usa um total de seis rodas de reação para apontar de forma autônoma na direção de possíveis rajadas de raios gama (GRBs), e agora operará com apenas cinco dessas rodas, disse a NASA em uma atualização na sexta-feira (18 de fevereiro).

"A espaçonave e seus três instrumentos estão saudáveis e operando como esperado", disse a NASA. "A equipe está monitorando o desempenho da espaçonave enquanto Swift retoma sua missão de estudar o universo de alta energia", acrescentou a agência.

A correção permitirá que Swift continue sondando as origens dos GRBs, que são explosões incrivelmente energéticas em galáxias distantes que intrigam os astrônomos por décadas. A missão primária do Swift foi definida para apenas dois anos, mas foi estendida em várias ocasiões com base em seu desempenho científico e saúde dos instrumentos.

A NASA disse que a roda de reação que falta pode atrasar ligeiramente a capacidade do Swift de se movimentar para ver um evento em andamento. "A equipe espera que a mudança atrase ligeiramente o tempo inicial de resposta da espaçonave ao responder aos gatilhos de explosão de raios gama, mas isso não afetará a capacidade do Swift de fazer essas observações e atender aos seus requisitos operacionais originais", disse a agência em 4 de fevereiro.

GrBs são a forma mais energética de luz, persistindo de meros milissegundos a horas. Mas de onde essas explosões vêm ainda não está bem documentado.

As possibilidades incluem explosões de supernovas ou colisões entre os densos remanescentes de supernovas, que são chamadas de estrelas de nêutrons. Há outra possibilidade também: "Evidências recentes indicam que a energia por trás de uma explosão de raios gama podem vir do colapso da matéria em um buraco negro", acrescentou a NASA.

Os astrônomos classificam os GRBs em dois tipos: longa duração e curta duração. "Essas duas classes provavelmente são criadas por processos diferentes, mas o resultado final em ambos os casos é um novo buraco negro", disse a NASA.

Com informações de Space.com

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